Ciclo da (In)Visibilidade no MUDAS em outubro
- 2637

Ciclo da (In)Visibilidade no MUDAS em outubro
A Dançando com a Diferença vai dinamizar o evento Ciclo da (In)Visibilidade, de 15 a 18 de outubro, no MUDAS. Museu de Arte Contemporânea da Madeira, local de residência artística da Companhia.
Diferentes subjetividades na criação artística contemporânea interessam a todos nós. “Corpos dissidentes”, “politizados”, “em transgressão”, “performativos”, “poéticos”, “marginais” e, sobretudo, que “narram” marcarão presença neste ciclo.
O objetivo central deste evento é contribuir para a construção de novas subjetividades e amplificar vozes frequentemente silenciadas no panorama da criação artística contemporânea.
O programa contará com a participação de um leque diversificado de convidados regionais, nacionais e internacionais, promovendo um diálogo transdisciplinar através de performances, palestras, debates e outras manifestações artísticas.
Para Henrique Amoedo, Diretor Artístico da Dançando com a Diferença, este evento “propõe uma imersão coletiva para desafiar as perceções do que é um corpo 'visível' na nossa sociedade.
“Queremos criar um espaço onde a diferença não só é mostrada, mas é também a força motriz para uma nova narrativa, potenciando a emergência de novas subjetividades na arte. Queremos envolver a comunidade neste debate, numa altura, em que politicamente é necessário exercermos a liberdade”, salienta.
Com esta iniciativa, a Dançando com a Diferença reafirma o seu compromisso com a diversidade e consolida o seu papel como uma estrutura artística de referência e de elevado interesse público.
A entrada é gratuita, com emissão de certificado de participação mediante solicitação.
A Dançando com a Diferença é uma estrutura financiada pelo Governo da República Portuguesa / Direção-Geral das Artes (2023-2026), Governo Regional da Madeira e Câmara Municipal do Funchal. É companhia residente no MUDAS. Museu de Arte Contemporânea da Madeira e projeto residente no Teatro Viriato, em Viseu.
Programa
15 de outubro
18h30 – 19h00: Abertura Oficial
Márcia de Sousa, Diretora do MUDAS. Museu de Arte Contemporânea
19h00 – 20h15: Conferência de abertura
Francisca Carneiro Fernandes – Tema: (In)Visibilidades
Francisca Carneiro Fernandes, nascida no Porto, é licenciada em Direito pela Universidade Católica Portuguesa e em Direção de Empresas pela AESE. Foi Presidente do Teatro Nacional São João (2009-2018), Diretora da Unidade Orgânica de Cultura da Ágora – Cultura e Desporto do Porto (2018-2022) e Presidente do Conselho de Administração do Centro Cultural de Belém (2023-2024). Presidiu ainda a Performart – Associação para as Artes Performativas em Portugal e é atualmente Administradora Executiva da “Go Porto – Gestão e Obras do Porto” e Presidente da PEARLE – Live Performance Europe.
20h30 – 22h: Exibição do documentário - “Uma Casa com a Rua lá Dentro”, seguida de conversa com os participantes e mentores do projeto: Andreia Miranda, Filipe Ferraz, André Moniz Vieira e Cristina Ferreira.
Mediação: Paula Mota Garcia
Sinopse: O documentário que acompanha uma jornada artística desenvolvida com pessoas em situação de sem-abrigo e de vulnerabilidade social. A obra regista o encontro entre um grupo de artistas, entusiastas das artes, antropólogos e sociólogos que, juntos, transformam histórias de vida em ficção. Simultaneamente, revela as metodologias aplicadas nas atividades e reflete sobre o papel fundamental da arte na vida de pessoas em situação de exclusão social, evidenciando como pode ser uma poderosa ferramenta de mudança e inclusão.
Ficha Artística:
Guião: Luciano Moniz
Direção de Atores/Participantes: Diana Duarte
Antropólogo e Cineasta: Filipe Ferraz
Realização: André Moniz Vieira
Cinema: Óscar Silva
Sound Design: Alex Gonçalves
Antropóloga e Técnica Social: Cristina Ferreira
Apoio: Equipas da Associação CASA e da Associação Protetora dos Pobres
22h10 - 22h30: Coffee Break
16 de outubro
19h00 – 20h15: Encontro Invisível: Conversa sem rede entre duas pessoas que não se conhecem.
Participantes surpresa
20h30 – 21h25: Exibição de documentário – “1731 - Luz ao Fundo do Túnel”
Sinopse: “1731 - Luz ao Fundo do Túnel” é um documentário que se debruça sobre os moradores do bairro da Nazaré e é o terceiro de uma trilogia. O projeto dirige-se à comunidade local, nomeadamente, às crianças e jovens em situação de abandono ou insucesso escolar, aos indivíduos com dificuldades de acesso ao mercado de trabalho, ao isolamento social dos idosos, entre outras problemáticas transversais aos bairros sociais.
O documentário simboliza a esperança dos moradores, apesar das dificuldades, com o objetivo de evidenciar histórias de sucesso, identidade, transformação do bairro, e desfaz os estigmas do passado.
Ficha Artística:
Autoria e Realização: Associação Olho.te e Eduardo Costa
Produtor Executivo: Hugo Andrade
Apoios: Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura | Câmara Municipal do Funchal
Produção: Eduardo Costa Produções Audiovisuais
Estreia: 13/09/2024
21h30 - 21h45 - Coffee Break
21h50 – 22h30: Conversas no Quarto Escuro: Quatro Representantes da Associação Olho.te vão partilhar a sua história de vida e as suas perceções sobre (in)visibilidades. O público não sabe quem está por detrás das vozes.
17 de outubro
14h00 – 18h30: Palestra + Oficina de Peça Autobiográfica com Tathi Piancastelli e Fábio Costa Prado, autores de “Oi Estou Aqui”, o primeiro monólogo profissional escrito e interpretado por uma atriz com trissomia 21
Oficina de Peça Autobiográfica: desenvolvimento de peças curtas (10 min) baseadas nas experiências de cada participante.
20h00 – 20h30: Exibição de curta-metragem: "Estou Adaptado a uma Cidade não Adaptável" + Conversa com a realizadora Raquel Cardozo
Sinopse: A dança como forma de resistência e a arte como grito por direitos. Esses são os eixos do documentário “Estou adaptado a uma cidade não adaptável”, produzido em Natal, Rio Grande do Norte, Brasil.
Com apenas 12 minutos, a curta conduz o espectador pela rotina de Beto Morais, bailarino que utiliza cadeira de rodas, um dos fundadores do prestigiado grupo potiguar Gira Dança, referência nacional na dança contemporânea. A película expõe, de forma sensível e contundente, os obstáculos enfrentados diariamente por pessoas com deficiência no contexto urbano. O documentário entrelaça relatos íntimos para compor um retrato poético, mas também político, sobre o corpo, a mobilidade e o direito de pertencer ao espaço urbano. Após o visionamento, está programada uma conversa com a diretora Raquel Cardozo.
Ficha Artística:
Direção: Raquel Cardozo
Produção: Mariposart
Estreia: 17/05/2025
Realização: Fundação José Augusto, Secretaria Estadual da Cultura, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura e Governo Federal
Coprodução: Beto Morais
Apoio: Gira Dança
20h35 - 20h50 - Coffee Break
21h00 – 22h: Espetáculo IN VISÍVEIS - Uma Ode Sonora ao Operário em Construção
Num espaço imerso em escuridão total, onde a visão se esvai, 12 vozes seniores ecoam a grandiosa obra "O Operário em Construção" de Vinícius de Moraes. Em "IN VISÍVEIS", a luz negra cede lugar à força da palavra, transportando o público para um universo onde a audição se torna o sentido primordial. Este poema em movimento é um manifesto sonoro que pretende dar voz aos marginalizados, aos oprimidos, àqueles que a sociedade teima em tornar invisíveis.
Ficha Artística:
Íris – Grupo De Teatro Sénior E Comunitário - O.A.A.S.S. – Olho.te Associação Artística Solidariedade Social
Encenação E Direção: Hugo Andrade
Participantes: Ana Paula De Sousa Severino Couto, Ilda Vieira Câmara, João Da Silva Azevedo, João Manuel Jesus Pestana, Maria Clarisse Freitas Miranda Fernandes, Maria Dolores Castro Andrade De Oliveira, Maria Élia Neves Gomes De Abreu Brito, Maria Gilda Fernandes Loja Silva, Maria Da Graça Gomes Correia, Manuel Jerónimo Sequeira, Maria De Lourdes Moniz, Maria De Lurdes Oliveira.
Vozes: Amílcar Martins e Hugo Andrade
Multimédia: Eduardo Costa Produções
18 de outubro
Sugestão de Participação no evento da Sexto Sentido Portugal
10h30: Primeiro Treino Aberto na Madeira
A iniciativa junta pessoas cegas, guias voluntários, famílias e toda a comunidade que gosta de caminhar ou correr.
Os participantes formarão duplas e terão a oportunidade de caminhar ou correr com os olhos vendados, acompanhados por um guia, experimentando assim os desafios e a confiança necessária para quem vive com deficiência visual severa.
Coordenado por: Bárbara Pereira, fundadora do Sexto Sentido Portugal
Apoio: Heróis Betano e Núcleo da Madeira da ACAPO-Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal
19h00 – 20h30: Música no Espectro - Espetáculo de Encerramento
“Música no Espectro”, da responsabilidade do Estúdio 21 com improvisações pela Dançando com a Diferença, seguido de conversa com o público e notas finais.
O projeto parte do desejo de levar a música a quem habitualmente não tem acesso a estas ferramentas artísticas. Através da arte, quebram-se barreiras de comunicação e cria-se um espaço onde todos são iguais dentro das suas diferenças. Durante várias semanas, sucederam-se momentos de improvisação, partilha e criação coletiva que deram origem às obras musicais a apresentar neste concerto. Aqui, o invisível torna-se audível: não importa apenas quem cria, mas sobretudo a quem a música chega — e como nos faz sentir parte de um todo.
Ficha Artística:
Direção Musical: Alex Gonçalves
Produção: Andreia Miranda
Artistas: Luciana, Vicente, Lucas, Leonor, Rui, Dinarte, Gonçalo
20h30 às 21h15 - Coffee Break